quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Tom Drummond

O cantor e compositor cearense é filho da música, influenciado a adentrar no mundo musical visto que a sua família tem forte ligação, começando por sua mãe, a musicista Elvira Drummond. A sua história na música se inicia desde os seus seis anos de idade quando aprendeu a tocar piano, depois invadiu a suavidade da flauta, em seguida o violão e hoje se emaranha pelas cordas da sua grande paixão: o violoncelo. O multi-instrumentalista canta e encanta qualquer pessoa, desde o seu talento nato com os instrumentos, até a sua voz doce e harmoniosa, sem contar as suas composições bem arranjadas. Tom tem como sua marca não ter marca alguma, não ter estilo, ele não se prende a uma linha única de trabalho, a uma vertente de atuação, o seu estilo é ele próprio, segundo ele, ainda não possui uma identidade completa. Foi através da música "Seu Santo" que Tom Drummond, em 2010, ganhou em primeiro colocado na categoria Música com Letra do I Festival de Música da Rádio Universitária FM. Confira uma das suas músicas:

Grandezas do Amor - Tom Drummond


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Zuza Zapata


Cantor recheado de samba, com um jeitinho bem brasileiro nas suas músicas, apesar da pouca idade é fiel ao tradicional, conseguindo trazer a sua música para a contemporaneidade sem perder as raízes puras da boa música. Zuza tem como inspirações grandes nomes, que o impulsionou a adentrar no mundo da música e levar a sério o ofício "cantar", são eles: Cazuza, The Doors e Lobão. E após o impulso inicial, se deparou com diversas outras influencias que acabou por moldar a sua identidade artística, dentre eles estão Noel Rosa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Zé, Mutantes, Zeca Balero e alguns outros na mesma linha de atuação. Além da voz agradável e do arranjo bem feito, Zuza tem, além de qualquer coisa, um talento nato para compor. Ao cantar, ele não cospe palavras como muitos, recita poesias. E a poesia não se faz presente apenas nas letras, em seus shows ele recita, não só as suas, mas também de autores consagrados como Augusto dos Anjos e Drummond. Por fim, tomando as palavras da amusicoteca "A voz doce e melódica de Zuza é como um timoneiro nos guiando por águas plácidas. Letras que traduzem estados emocionais diversos e complexos que falam aos corações, sempre com certo tom de doçura".


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain


O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain) é um filme francês, com direção de Jean-Pierre Jeunet, que estreou em fevereiro de 2002. Dono de uma trama despretensiosa fez surgir um mundo de aventuras. Bastou apenas a curiosidade de uma pessoa para desenlaçar diversas outras histórias, tendo como ponto inicial quando Amélie descobre uma caixinha que estava escondida há quarenta anos na parede do seu banheiro, que resolveu descobrir quem é o dono. Com o intuito de mudar a sua vida, decidida que se a sua expectativa fosse alcançada, dedicaria a sua vida a ajudar as pessoas. O que cativa no filme é a valorização dos detalhes. Paris, aos olhos da protagonista, é repleta de encantos e mistérios guardados nos detalhes pouco perceptíveis. Cada palavra pronunciada, cada imagem reproduzida é de fundamental importância para a trama, tudo se encontra dentro dos eixos, firmando ligações. Além da qualidade de imagens, bem como a presença de um elenco impecável, sinto-me na obrigação de abrir um espaço especial para a trilha sonora do longa. As músicas envolvem o telespectador em cada sentimento exaltado no momento, com uma presença forte do instrumental melancólico, o filme consegue prender quem assiste de tal forma que sentimos como se pertencêssemos a cada cena. É, dessa forma, que quem assiste a primeira vez, sente vontade de colocar o filme para rodar logo em seguida. É delicado, cativante, sem esquecer o humor.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sucesso de Audiência


É indiscutível que a novela do autor João Emanuel Carneiro é um sucesso entre as mais diversas camadas da sociedade. Apesar dos clichês infinitos que rondam a novela, a sua trama é desenrolada de tal forma que até os clichês se tornam banais, até o "congelamento" das imagens virou uma sensação nas redes sociais, apesar do seu viés brega. É esperado para hoje uma audiência ainda não vista, a novela se tornou o programa mais visto do ano quando registrou 48 pontos de audiência com 74% de share (participação no total de televisores ligados). A repercussão da novela atingiu todas as brechas do cotidiano, bares, lojas, bancos, colégios e universidades, empresas de pequeno médio e grande porte e, principalmente, foi pauta diárias de assuntos nas redes sociais, não resta dúvidas que não há distinções para os seus telespectadores.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Eterno, Belchior

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes (mais conhecido como Belchior), nasceu em 26 de outubro de 1946, na cidade de Sobral. Sendo ele um dos primeiros cantores da Música Popular Brasileira do nordeste brasileiro a ganhar destaque nacional. Consagrado por diversas músicas como Medo de Avião, Apenas Um Rapaz Latino-Americano, Como Nossos Pais, A Palo Seco, o cantor imortalizou as suas letras e voz na música popular brasileira, cantando com o dom de um idoso e com a imaginação de uma criança. Transparecendo em suas músicas a essência de um sonhador, que muito viu da vida e muito viveu. Ao escutá-lo é perceptível todos os seus sentimentos, a sua dor, melancolia, sonhos e conquistas. Que a sua voz carregada de agonia não morra na memória da música brasileira, porque quem já escutou eternizou.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Palhaço


O filme nacional é direção de Selton Mello, sendo lançado em 28 de outubro de 2011. Conta a história do palhaço Benjamin que faz dupla com o seu pai Valdemar, com os nomes Pangaré e Puro Sangue, no Circo Esperança. Apesar de toda a alegria depositada no picadeiro, Benjamin passa por uma crise existencial, não encontrando um caminho de felicidade na sua vida pessoal; dessa forma, pensa, por diversas vezes, em abandonar o picadeiro. O filme é um drama, misturado com comédia, o que, no fim das contas, proporciona um ar bem depressivo ao filme, não tirando o seu brilho ímpar. Segundo Selton Mello o filme "é uma mistura de Oscarito, Didi Mocó e Bye Bye Brasil", por essas referências já tem como o telespectador ter uma ideia do que esperar do longa que ganhou 12 troféus no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Sendo vitorioso no posto de melhor filme brasileiro, diretor, ator (Selton), ator coadjuvante (Paulo José), roteirio original, fotografia, montagem, direção de arte, maquiagem, figurino, trilha sonora original e júri popular.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sombras: Algumas Pessoas

Algumas pessoas são como vidro
Transparentes, quase invisíveis, frágeis
Fáceis de quebrar
Mas, de alguma forma, conseguem permanecer intactas.

Algumas pessoas são como espelhos
Refletem o exterior, caem e não se quebram
E quando se quebram, sete anos de azar
Portanto, faça o favor de deixá-las inteiras.

Algumas pessoas são como gelo
Frias, indiferentes e, de certa forma, afiadas
Bonitas, também, mas cortantes e talvez enganosas
Até que você as derreta.

Algumas pessoas são como fogo
Agitadas, incontroláveis, incompreensíveis, fascinantes
Até que você as apague
Então, por favor, não as apague.

Algumas pessoas são como pedras
Duras, determinadas, irredutíveis
E elas não vão simplesmente saltar para fora do caminho
Não importa quanto você as chute.

Algumas pessoas são como aço
Elas podem ser escudos... E também espadas
Não são tão fáceis de vencer
Nem tão fáceis de manipular.

E algumas pessoas são como pássaros engaiolados
Voejando de um lado para o outro, presas
Talvez elas não saibam quem são, ou talvez não possam ser quem são
Mas um dia, por fim, elas se libertam.

- Isabela Cunha Lima Porto Vieira

sábado, 13 de outubro de 2012

A Febre das HQs


Que criança brasileira nunca leu a Turma da Mônica, não é mesmo? Quem nunca torceu para que o Cebolinha saísse ileso nas traquinagens contra a Mônica? As histórias em quadrinhos tomaram de conta do cotidiano infantil, tornou-se a leitura de praxe ao lado da literatura dos irmãos Grimm. Desde 2008 a Turma da Mônica Jovem, publicada em formato de mangá, vende mais de 300 mil exemplares por mês, sendo considerado o maior fenômeno da história dos quadrinhos no Brasil. E mais, a edição em que o Cebolinha assume o namoro com a Mônica conseguiu vender mais de 500 mil revistas. Quem acompanha desde sempre, nota um ritmo instigante, a história ganhou continuidade a partir de 2008 e tornou-se uma verdadeira febre, como era de se esperar. Mas o mercado promissor não se restringe à Turma da Mônica, as HQs é um sucesso consolidado em um mercado que só cresce. A novidade do crescimento do grande mercado é que as histórias antes destinadas apenas às crianças e nerds apaixonados pelos super-heróis, hoje invade o mundo dos adolescentes e até mais velhos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Chico Buarque e os Últimos Shows


A última turnê de Chico Buarque se imortaliza no DVD "Na carreira", sendo este também a documentação da sua carreira nos palcos, que vem chegando ao fim. Em seu site (www.chicobastidores.com.br), o cantor fala de alguns fatos, mostrando o temos que o show que está a fazer seja o último. Em um momento ele diz que algumas pessoas chegam próximo e dizem "não posso morrer sem tirar uma foto com você" ou "as pessoas querem ver antes que acabe" (a carreira). Chico, depois da turnê, largou os planos para novos trabalhos, novos shows, novas composições, alega não estar pensando nisso no momento. É triste ver um artista como Chico já falar da possibilidade do fim da sua carreira, principalmente depois da brilhante turnê que realizou, onde reavivou clássicos como "Todo Sentimento", "Bastidores", "Baioque", "O meu amor/Teresinha", "Anos Dourados", e muitos outros. Apesar dos fatos, uma coisa é certeza: Chico Buarque tem na sua voz e suas composições a imortalidade de um cantor que foi um ícone para a música brasileira.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Crime de Lady Gaga

A seguir: um artigo da colunista Marcia Tiburi, pela Revista Cult. O nome é "O Crime de Lady Gaga"



Lady Gaga é o mais recente ídolo pop da cena internacional. Entenda-se por ídolo pop um indivíduo que encanta as massas com a habilidade artística de que é capaz sendo seu autor ou o mero representante de uma estética inventada por publicitários e estrategistas de produtos culturais. Nesse sentido, todo ídolo pop age como o flautista de Hamelin conduzindo por certo efeito de hipnose uma quantidade sempre impressionante de pessoas. Ele é também um guia estético e moral das massas. A propósito, entenda-se por massa um grupo de indivíduos que, ao se encontrar com outros, perde justamente a individualidade, tornando-se sujeito de sua própria dessubjetivação. Em outras palavras, ele é hipnotizado como se estranhamente desejasse sê-lo. A Indústria Cultural depende desse mecanismo, por meio do qual oferece ao indivíduo a oportunidade de se perder com a sensação de que está ganhando. O ídolo pop é humana mercadoria que permite o gozo pelo logro que o espectador logrado aplica a si mesmo. Lady Gaga certamente veio para nos lograr. Mas, como disse Walter Benjamin sobre livros (e também putas), muitas vezes a mercadoria vale muito mais do que o dinheirinho que pagamos por ela. (continue lendo)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

The Good Wife


Esta é uma série americana, de drama, que tem como protagonista a talentosíssima Juliana Marguiles, vencedora do Emmy com o seu personagem Alicia Florrick. Apesar da resistência por ser uma série de TV aberta, o sucesso de The Good Wife é indiscutível. Os telespectadores não resistiram à mistura da mãe responsável com escândalos que rodeiam a vida política e sexual do seu marido Peter Florrick. O seriado está na 4ª (quarta) temporada, desenrolando uma história que faz de Alicia uma mulher invejável, contando desde o seu caráter até a sua força de não se render a humilhação da traição do marido, acompanhado de um grande escândalo. Além do lado jurídico da série (Alicia é advogada associada da empresa Lockhart & Gardner) que a deixa bastante instigante, o drama ainda conta com a relação de Alicia com o seu chefe e amigo Will Gardner.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Cinema de Ação no Brasil

O cinema de ação no Brasil começou de forma modesta, estreando na década de 60 e perdendo um pouco a expressão na década seguinte, só voltando com força em 2002 com Cidade de Deus. Abaixo há uma pequena retrospectiva dos quatro filmes de maior destaque no cinema de ação no Brasil. Vale ressaltar que ultimamente ganhou grande força, devido à exposição de fatos de grande relevância no cotidiano do povo brasileiro, passando por temas como situação financeira e social, corrupção, política, drogas etc. Os filmes serviram como verdadeiras denuncias do contexto em que o brasileiro se insere, realçando um país ainda apregoado no maniqueísmo.

1962: Assalto ao Trem Pagador
O primeiro filme do gênero ação de grande relevância foi Assalto ao Trem Pagador, dirigido por Roberto Farias, baseado em fatos reais. Conta a história de um grupo de seis homens, que assalta o trem pagador da estrada de ferro Central do Brasil. Que apesar de decidirem não gastar o dinheiro para encobrir o roubo, um dos assaltantes se rende ao luxo da zona sul. O filme causou um grande impacto na sociedade, devido ao seu forte realismo (como exemplos: o vagão usado é o mesmo do assalto real, os tiros foram de verdade, alguns atores coadjuvantes presenciaram o assalto, entre outras coisas). O filme foi premiado 13 (treze) vezes, em diversas categorias.

1977: Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
É um filme dirigido por Hector Babenco, baseado em um livro de José Louzeiro (coautor do roteiro), também fundamentado em fatos reais. O filme conta história de Lúcio Flávio, bandido da década de 70, que ficou conhecido nacionalmente por seus assaltos a bancos e posteriores fugas espetaculares. Retrata também o lato político da vida do assaltante em plena ditadura militar. Uma das cenas mais fortes do filme é quando o protagonista é preso e torturado, entretanto consegue fugir.

2002: Cidade de Deus
Com direção de Fernando Meirelles, Cidade de Deus, baseia-se na história de Buscapé (interpretado por Alexandre Rodrigues), um jovem pobre e negro, que cresce rodeado de muita pobreza e violência, em uma família pouco estruturada. Cidade de Deus é o nome da favela que Buscapé mora, conhecido como um dos locais mais violentos do Rio de Janeiro (local onde se passa o filme). Apesar de tudo indicar para um futuro de fracasso, o garoto deposita no seu talento para a fotografia toda a sua realidade castigada pelo destino e começa a fotografar a favela onde vive, analisando o dia-a-dia do seu povo.

2007 e 2011: Tropa de Elite
É um filme de José Padilha, que tem como foco de discussão a violência urbana no Rio de Janeiro, associado com as ações do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O filme abre grande debate acerca de diversos temas que rodeiam o assunto principal, como política, suborno, corrupção, problemas sociais, pobreza, drogas, entre diversos outros. Os dois filmes ganharam grande repercussão, o primeiro antes mesmo do seu lançamento no cinema, já que vazou para o mercado pirata. E, conquistou prêmios, como o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim, em 2008.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sombras: Poesia

Hoje haverá mais uma postagem do Sombras, com uma poesia de Gabriela Cunha Lima Porto Vieira, aluna do colégio Mater Christi. O nome da Poesia é "Escute":

Escute

Escute o barulho da chuva caindo
Gritando lamentos enquanto os céus choram
Choram por amores perdidos,
Sonhos não realizados.
E a jovem moça chora com eles,
Incapaz de encontrar o seu amado...

Escute o vento sacudindo as folhas
Sussurrando segredos enquanto as árvores conversam
Conversam sobre o jovem Romeu
Que partiu junto à sua Julieta...

Escute o rio correndo sobre as pedras
Murmurando comentários assombrados
Comentando sobre o triste fim de uma velha mulher
Que estava no lugar errado, na hora errada.

Escute o silêncio da noite
Dizendo tudo o que não consigo dizer
Falando mais alto que multidões
Falando sobre como aquele velho homem que morava na esquina
Perdeu tudo que tinha...

Escute a vida que corre rápido
Esbravejando sobre dinheiro,
Trazendo o pedido de ajuda
Daqueles que não levantam a voz...

Se pudéssemos apenas escutar,
Seríamos ouvidos...

Gabriela Cunha Lima Porto Vieira

sábado, 6 de outubro de 2012

4 Cabeça

São 4 (quatro) cabeças literalmente, talentos que se uniram em composições, melodias e canções para rechear o mundo musical de uma mistura altamente agradável. Os quatro já tem uma grande bagagem de experiência, em torno de 15 (quinze) anos de carreira cada um, são eles: Luis Carlinhos, Gabriel Moura, Mauricio Baia e Rogê. O que eles fizeram foi simples: resolveram deixar de lado apenas a casualidade de encontros de amigos, que era repleto de música, em um trabalho de muito bom gosto. O álbum dos 4 cabeça é algo bem simples, voz, violão e belíssimas composições, que vão desde denuncias do cotidiano injusto até letras bem simples e agradáveis acerca do íntimo de cada um. O bom é de se escutar diversas vezes, porque a cada novo play surge uma nova interpretação da mesma música, quem escuta consegue captar novas impressões, novos significados. Segundo a musicoteca "Ao ouvir 4 cabeça, você se sente integrado na canção e ainda descobre que a simplicidade da poesia amplifica suas referências criativas e fundamenta suas origens". Vale a pena apertar o play e aumentar o som com os 4 cabeça.


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sobre Democracia, por Saddam Husseim


"On Democracy by Saddam Husseim", é um livro da editora Badlands Unlimited, que foi lançado no fim de setembro. Na obra contém três textos de autoria do ex-presidente Iraquiano, nos períodos de 1977 e 1978, um pouco antes dele assumir o cargo (1979), todos os textos vêm com ilustrações do artista americano Paul Chan (a imagem da postagem é de sua autoria). Em 2003, Chan recebeu de um colega uma cópia de três discursos sobre democracia escritos por Saddam Hussein (que na época era vice-presidente do Iraque), em que ele define o livre arbítrio como o dever patriótico de defender o bem do Estado. Em um trecho da Revista Cult sobre o livro "'Você deve conquistar os adultos pelos seus filhos, bem como por outros meios', inicia Hussein em determinado trecho, continuando: 'Ensine o estudante e o pupilo a desaprovar seus pais caso os ouça falando sobre segredos de estado, para então informá-los de que isto é errado. Você deve, também, ensinar a criança nesta fase a ter cautela com os estrangeiros, porque eles atuam como espiões para os seus países e alguns deles são elementos de subversão contra a Revolução'". Além de presidente do Iraque, Saddam também assumiu a posição de primeiro-ministro; e, em 2006, após julgamento, foi condenado a morte pelo tribunal iraquiano, com a acusação de massacrar 148 xiitas em Dujail, em 1982.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Os Livros Que Vendem Por Si Só

Sendo bem direta e objetiva, os livros que vendem por si só são aqueles que não precisam de uma grande divulgação em torno para que esteja no top de mais vendidos. Dentre esses livros, os que mais me chamam atenção são os religiosos, o de Edir Macedo, "Nada a Perder", vendeu 2.000 (dois mil) exemplares em 3 (três) horas e acabou por frustrar o público, no fim das contas o título do livro foi bem propício ao seu conteúdo, escreveu porque realmente não tinha nada a perder com isso. Outro caso é "Ágape", literatura de Padre Marcelo Rossi. Primeiro, se uma pessoa vai a uma livraria à procura de um livro, acaba se deparando com esse título "Ágape", mas nesse caso de um escritor desconhecido, será que ela vai levar a literatura? Mas agora vamos dizer que essa pessoa é católica e tem uma imagem altamente divulgada e trabalhada, a possibilidade de alguém comprar é imensa e foi assim que aconteceu, contabilizando 8 (oito) milhões de exemplares vendidos. Que os livros religiosos vendem por si só é inquestionável. Há também aqueles que vendem só pelo nome que carregam perante a mídia, como é o caso de Chico Buarque (que nem ao menos tem o trabalho de divulgar amplamente as suas obras), não que o seu livro não tenha qualidade - porque tem -, não é isso que está sendo discutido aqui (que fique bem claro). Chico não precisa de divulgação, como nenhum outro nome consagrado no crivo crítico do povo, só é necessário que seja lançado o livro para que venda. O triste é que, por isso acontecer, acaba por inibindo a leitura dos escritores desconhecidos mais amplamente, que são talentosos tanto quanto.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Filipe Catto: Falando de Amor

O gaúcho Filipe Catto é intérprete e compositor, que iniciou a sua carreira cantando em pequenos eventos com o seu pai. Incentivo na família não faltou para que Catto seguisse os seus sonhos; esbanjando, destarte, todo o seu dom musical, criando e moldando um universo musical bem particular, expondo para o mundo virtual o seu primeiro trabalho já muito cedo, o que trouxe um grande reboliço aos amantes da boa música. Apesar da enorme semelhança vocal com o cantor Ney Matogrosso, Filipe se mostra autêntico, deixando bem evidente as suas influências: Nas composições, invade a literatura de Hilda Hilst e Caio Fernando de Abreu, que acaba por formar um repertório de um cotidiano romântico, mostrando aquela paixão desenfreada, em um amor sem ponderações; E, como referências musicias, nota-se claramente a presença de Cássia Eller, Elis Regina, Janis Joplin, Bethânia e Maysa. Filipe Catto apresenta pelo site amusicoteca um CD (mais experimental), disponível para download, e no seu site pessoal ele promove o último álbum "Fôlego", logo abaixo estão os links para acesso. Por fim, citarei o site de musica independente amusicoteca "A música de Filipe Catto é um estado de choque sublime. Você ouve e inevitavelmente é tragado por seu enredo, seu ritmo e sua emoção".

Filipe Catto - Olho nos Olhos


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Um Mundo Paralelo com Tim Burton

Para alguns só de escutar que o filme é do Tim Burton já vai saber exatamente que muita fantasia vem por aí, mas para alguns que não se ligam muito no diretor do filme, quem não conhece "Edward Mãos de Tesoura", "Alice no País das Maravilhas", "A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça", "Sombras da Noite", "Batman", "Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros" e muitos outros, listando mais de 30 filmes, sendo difícil encontrar algum que não foi um grande sucesso. Segundo Burton, a sua infância tem total relação com os filmes, enquadrando-a em peculiar, imaginativa e que, por vezes, acabava se perdendo em seus próprios pensamentos. Com tal infância e tendo influências de Edgar Allan Poe (na literatura) e Vincent Price (no cinema) era de se esperar um Tim Burton tão irreverente no mundo das artes. A mistura do horror com a comédia funcionou perfeitamente com Burton, apesar das diversas críticas que já recebeu, sempre que anunciado algum filme de sua direção, a expectativa é imensa.

Alguns filmes:





segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Série: Shameless

Shameless é uma série originalmente britânica e que foi adaptada para a TV americana (sendo esta, a meu ver, bem melhor). A história é baseada na família Gallaghers, sendo esta de classe operária, que mora no subúrbio e se vira como pode para gerar renda. A série é uma comédia ao mostrar as situações cômicas que os personagens se metem para conseguir sobreviver em um país que está passando por uma crise financeira, sem deixar de lado o drama que o próprio tema recorre. Embora os personagens vivam em conflitos entre si, quando surge qualquer adversidade todos se unem para que possam enfrentar juntos. Uma das coisas que mais me chamou atenção na série, foi o fato de não mostrar a história, nem as pessoas, com hipocrisia. Pelo contrário, Shameless vem como um retrato fiel do sobrevivente, passando pelo errado, pela moral e o bom senso. No mais, essa é uma série instigante, a trama muito bem elaborada e a produção sem deixar a desejar.