quinta-feira, 24 de abril de 2014

[Postagem do Dia] Ela – Her

“Apaixonar-se: Uma forma socialmente aceitável de insanidade”


Essa é uma das frases mais marcantes diante de tantas outras que estão no filme “Her” (Ela) de Spike Jonze, que conta a história de Theodore Twombly (Joaquin Phoenix), um escritor de cartas a mão para um site e que o faz da forma mais sensível possível. Theodore lida com um ex-casamento, conciliando sua vida com pornografia, vídeo-games e solidão, até que conhece Samantha, um sistema operacional (SO1), pelo qual se apaixona. É até estranho cogitar a ideia de um humano se apaixonando por um computador e pode até soar clichê ao comparar com a história do cinema, no qual já nos deparamos com alguns desses casos. Mas “Her” é diferente, Samantha não é apenas um sistema operacional, ela é uma verdadeira máquina de sentimentos e envolve Theodore a um universo de vulnerabilidades. O filme mostra uma sociedade rodeada de tecnologia, que no primeiro momento separa os sujeitos, e em outra tenta corrigir a falta de interação social criando mecanismos de contato, unindo, cada vez mais, o homem à máquina, e essa união é realizada com tanta excelência que em certo momento acabamos esquecendo que a relação posta não está sendo concretizada com dois humanos. Diante das crises pela qual a sociedade moderna passa, a solidão sem dúvidas é o que assola a humanidade, as pessoas esquecem como amar, como interagir, os sentimentos se atrofiam, a falta de paciência de lidar com os problemas é iminente e o ato de se apaixonar é apenas para os bravos, sendo esta a insanidade da contemporaneidade. Recheado de sentimentos profundos, “Her” é um filme triste, que retrata com perfeição o interior do sujeito contemporâneo.

Trailer:


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