quinta-feira, 18 de junho de 2015

O que perdemos com os preconceitos?

Tomada como padrão, a heterossexualidade promove não apenas a violência física, mas também a violência simbólica contra quem se desvia da norma



Por Leandro Colling

A proposta do dossiê desta edição é pensar sobre como os preconceitos para com as sexualidades e gêneros dissidentes impactaram e ainda impactam o desenvolvimento cultural de nossa sociedade. Como e em que medida esses preconceitos impedem o nosso desenvolvimento cultural? Como é possível perceber isso em diversas áreas? O que perdemos ao recusar o aprendizado possível com as diversidades e dissidências sexuais e de gênero existentes ao nosso redor? Que colaborações essas diversidades e dissidências oferecem para pensarmos, de uma forma ampla, a nossa cultura?

Tendo essas perguntas em mente, convidamos quatro pessoas com reconhecida produção na área para escrever os textos que integram este dossiê. Denilson Lopes escreveu sobre a recente produção cinematográfica brasileira e de como, através dos afetos, encontros e de outros laços, é possível aprender sobre o que as pessoas preconceituosas perdem em suas vidas, a exemplo de outras formas de estarmos juntos, outros encontros e outras subjetividades.

Berenice Bento, a partir do caso da travesti Verônica Bolina, defende que a transfobia, além de matar, nos revela sobre as mortes pelas quais nós choramos e propõe a tipificação do crime de transfeminicídio em diálogo com os elementos estruturantes do feminicídio. Mostra também como exigimos que todas as pessoas sigam plenamente uma suposta coerência entre genitália (sexo) e gênero.

Enquanto isso, André Musskopf reflete sobre religião de uma forma diferente da que temos visto nos últimos tempos. Em vez de se concentrar em críticas aos fundamentalistas, ele propõe uma teologia indecente a partir de experiências que já existem, analisadas e descritas em seu livro Via(da)gens teológicas. Por fim, Rogério Junqueira disseca a escola, essa fábrica produtora de uma cultura que insiste em não reconhecer e aprender com as diferenças.

LEIA O DOSSIÊ COMPLETO NA EDIÇÃO 202 DA REVISTA CULT. JÁ NAS BANCAS!



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